Doença de chagas: "Não há motivos para descartar o consumo de açaí", diz médica ao blog

 

Dr Patrícia Santiago  fala sobre outros alimentos que também
podem ser transmissor da doença de chagas






                            Há alguns dias um surto da doença de chagas foi identificado na Bahia, que é um dos principais destinos nesse período de férias. Mas há motivo para preocupação? 

                    E quando falamos em alimentação, o açaí por exemplo, um dos transmissores é muito consumido na região norte e nordeste, devemos descarta-lo?

                    Quem responde é a médica, Dr Patrícia Santiago, pós graduada em nutrologia. 


1- alguns alimentos como açaí e que é muito comercializado no norte e nordeste são transmissores da doença de chagas, como sei que esses alimentos podem estar contaminados, o ideal seria evitá-los? 

                    A confirmação se o produto está contaminado é feita somente através de teste laboratorial para demostrar a presença do protozoário causador da doença de chagas.


                    Não há motivos para descartar o consumo de açaí, já que não há relação direta entre a fruta e a doença. A contaminação ocorre quando há falta de higiene, na preparação do suco, ou carne de caça. 

Os frutos como açaí, abacaba, cana de açúcar, em geral a transmissão por via oral, ocorre quando há ingestão de alimentos contaminados por triatomíneo ou suas fezes e, também, por meio de ingestão de carne crua ou mal cozida provenientes de caça.

O melhor é intensificar medidas de vigilância sanitária para manipulação de alimentos; investigação entomológica em casos suspeitos ou positivos de contaminação oral; a fonte de iluminação deve ser distante dos equipamentos de processamento de alimentos (evitar contaminação acidental de vetores atraídos pela luz); realizar educação e capacitação da população e de profissionais que manipulam alimentos; Providenciar o cozimento acima de 45°C, a pasteurização 
       

2- É verdade que através da alimentação é mais grave?

                    Já temos estudo mostrando que a transmissão oral pode apresentar uma letalidade elevada. 
Interessante relatar que tem sido apresentada em surtos intrafamiliares em alguns estados.
Podendo haver relação com a virulência e a patogenicidade das cepas circulantes.


3- Quais são os outros alimentos que podem transmitir a doença e quais os sintomas?

                    Caldo de cana de açúcar, abacaba, carne de caça.
É uma doença com fase aguda e crônica.

                    As manifestações clínicas mais comuns são: febre prolongada e recorrente, cefaleia, mialgias, astenia, edema de face ou membros inferiores, rash cutâneo, hipertrofia de linfonodos, hepatomegalia, esplenomegalia, ascite. 

                    Manifestações digestivas (diarreia, vômito e epigastralgia intensa) são comuns em casos por transmissão oral; há relatos de surtos de transmissão por via oral demonstraram a ocorrência de icterícia, lesões em mucosa gástrica, alterações nas provas de coagulação e plaquetopenia.

                    Passada a fase aguda, aparente ou inaparente, se não for realizado tratamento especifico, ocorre redução espontânea da parasitemia com tendência a evolução para as formas crônicas que são: cardíaca, digestiva, indeterminada( forma mais frequente)




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