Os golpes que mais atingem turistas brasileiros em 2025 — histórias reais, bastidores e como evitar cair neles


 

                    Viajar é mágico. A sensação de sair do aeroporto, sentir um cheiro diferente no ar e ouvir línguas misturadas com sotaques novos desperta algo quase infantil na gente. Mas, entre essa excitação e o desejo de aproveitar cada segundo, existe um espaço perigoso — o da vulnerabilidade. E é justamente ali que golpistas do mundo inteiro enxergam oportunidade.

                    2025 se tornou o ano em que os crimes contra turistas ganharam novas estratégias, novos cenários e, principalmente, novas vítimas: os brasileiros. Com o aumento das viagens internacionais e o fortalecimento do real, mais brasileiros estão explorando o mundo — e mais estão sendo alvo de fraudes sofisticadas e cada vez mais difíceis de detectar.

                    A seguir, você vai entender os golpes que mais atingem esses viajantes, mas com um diferencial: cada um deles será contado como uma história real, mostrando exatamente onde e como tudo acontece.




 O golpe do cartão:
 O jantar em Buenos Aires que virou um rombo bancário

Imagem meramente ilustrativa


                    Era uma noite de verão em Palermo, bairro badalado de Buenos Aires. Lucas, paulista, 32 anos, decidiu jantar em um restaurante famoso nas redes sociais. Tudo parecia perfeito — até a conta chegar.

                    O garçom sorriu, pegou o cartão e sumiu por 40 segundos. Só 40 segundos.

                    Quando Lucas acordou no hotel no dia seguinte, tinha oito cobranças internacionais no cartão, algumas acima de 1.500 reais. O restaurante negou. O banco pediu 10 dias para análise.

                    E ele, no meio da viagem, ficou com o limite bloqueado.


  Porque muitos turistas entregam o cartão sem pensar. E bastam alguns segundos para um golpista:

1 - copiar os dados,

2 - usar máquina adulterada,

3 - cobrar valores extras,

4 - ou até clonar a tarja.


Como evitar (técnicas avançadas)


                    Pague sempre por aproximação (não entrega o cartão), use um cartão virtual ou cartão com limite reduzido para viagens, guarde o cartão dentro de uma capa RFID e coloque limites diários no app do banco.

“Boa noite, Cinderela”: 
o encontro que terminou sem lembranças

                    Mariana, 27 anos, viajou com uma amiga para o Rio. Sábado, 22h. Bar cheio de turistas, drinks coloridos e música alta. Ela conheceu um rapaz “simpático”, carioca, que insistiu para pedir uma rodada. Esse foi o erro.

                    Ela não lembra de ter terminado o drink. Não lembra de sair do bar. Não lembra do táxi. Acordou 12 horas depois, no hotel, com o celular zerado, bolsa revirada e cartões sem senha — mas todos desbloqueados por reconhecimento facial enquanto ela estava inconsciente. Criminosos se especializaram em abrir aplicativos bancários usando a própria vítima desacordada para desbloquear o celular. O prejuízo dela passou de 9 mil reais.

    Mantenha o Face ID desativado em lugares de risco (use senha).
    Leve apenas um documento para a noite. Nunca deixe o copo fora da sua linha de visão. Se alguém insistir demais em pagar algo, sinal vermelho.


O câmbio falso: 
o dinheiro barato que saiu caro


                    No centro de Montevidéu, em uma rua com lojas vintage e cafés charmosos, dois brasileiros procuravam trocar reais por pesos. Encontraram um cambista sorridente, oferecendo uma taxa excelente. As notas que receberam passaram no toque, passaram no movimento contra a luz… mas eram falsas. Só descobriram no mercado, horas depois, quando o caixa pediu ajuda ao segurança.

Por que esse golpe ainda pega tantos brasileiros?


                    Porque a necessidade de economizar faz o turista ignorar alertas óbvios. Cambistas sabem disso. Eles usam notas muito bem falsificadas e testam a pressa do viajante.

     Use sempre casas de câmbio dentro de shoppings ou aeroportos. Ao receber notas, compare com outra nota já usada no país. Utilize aplicativos que checam autenticidade.
      Se viajar muito, leve um detector de UV portátil (custa pouco e funciona).


O golpe do transporte: a corrida mais cara da viagem



                    Joana, mineira, desembarcou no aeroporto de Roma às 7 da manhã. Mal tinha dormido no voo. Um taxista se aproximou, oferecendo corrida “com preço especial”. Ela aceitou. O taxímetro estava “quebrado”.

                    O caminho foi “desviado por causa do trânsito”. A mala “precisava de taxa extra”.
                    A conta final: 115 euros para um trajeto que normalmente custa 45.

            Porque o golpe usa três armas psicológicas: pressa, cansaço e desconhecimento do local escolhido pelo turista. 







                    Pesquise antes o preço médio do trajeto, fotografe placa e motorista imediatamente — só isso já inibe golpes, use apps oficiais de transporte ou peça táxi no guichê do aeroporto, nunca aceite corridas sem taxímetro.

A hospedagem que não existia — 
e o e-mail que parecia perfeito



                    Duas irmãs brasileiras viajaram para Lisboa em abril. Alugaram um apartamento pelo Instagram, com fotos lindas e preço imbatível. Receberam contrato, conversaram com o “proprietário”, pagaram metade do valor por transferência… e quando chegaram ao endereço, encontraram outra família morando lá.

                    O aviso estava pregado no portão:
“Não alugamos por redes sociais. Golpe frequente.” Perderam 1.800 euros.

O que torna esse golpe ainda mais perigoso?


                Os perfis são extremamente convincentes, com: avaliações falsas, fotos reais roubadas, respostas rápidas, e “documentos” digitais profissionais.

Peça uma videochamada dentro do imóvel.

Pesquise o endereço no Google Street View.

Use o recurso de “imagem inversa” para achar fotos roubadas.

Prefira plataformas com seguro ao hóspede.


                    Os golpes de 2025 mostram uma verdade simples: quem viaja está vulnerável, mas não indefeso.
Com conhecimento, preparação e atenção, você não precisa viajar com medo — apenas com consciência.

                    Viajar continua sendo uma das maiores formas de ampliar o mundo. E quanto mais informação você tiver, mais longe poderá ir — sem surpresas dolorosas.




               

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