Apresentador acusa agênca de turismo de estelionato , empresa nega

Imagem - reprodução Instagram



                    

                        O ator e apresentador Márcio Garcia registrou uma queixa na Polícia Civil alegando ter sido vítima de estelionato por parte da agência de turismo Outsider Tours. O caso envolve um pacote promocional para o Mundial de Clubes de 2025, que, segundo Garcia, não foi entregue conforme o combinado — apesar de pagamentos adiantados. 


O que diz Márcio Garcia


                            Segundo o boletim de ocorrência, Garcia fechou uma parceria comercial com a Outsider: em troca de divulgar a agência nas redes sociais, receberia hospedagem, passagens aéreas e ingressos para os jogos do Mundial de Clubes.
                  Ele afirma ter pago R$ 17,2 mil pelo pacote e outros R$ 3,9 mil para fazer upgrade para classe executiva.
                  O pagamento foi feito via PIX para a empresa Arena Consultoria Esportiva, registrada em nome de Letícia Coppi e Silva, ex-namorada do dono da Outsider, Fernando Sampaio. Segundo relatos, Letícia disse que não reconhece a transação.
                 No dia da viagem, ao chegar no check-in, Garcia e sua família descobriram que as passagens não existiam em seus nomes.
                Sem alternativa, o ator diz que teve que comprar novas passagens na hora, arcando com custos muito maiores por ser uma compra de última hora.
                Em comunicado, sua assessoria afirmou que tudo foi pago antecipadamente e que a proposta da Outsider (ingressos + três diárias de hotel) não cobre as perdas.
                Garcia espera ressarcimento para ele e para outras supostas vítimas.


A versão da Outsider Tours


                A empresa nega as acusações de estelionato.
                De acordo com Fernando Sampaio, a Outsider teria cumprido sua parte: pagou hospedagem em hotel cinco estrelas, ingressos VIP para os jogos e uma das passagens do ator.
                Ele também afirma que estornou valores (via cartão de crédito) como reembolso de serviços supostamente contratados.
                Sobre o pagamento por PIX para a empresa da ex-namorada, Sampaio diz que foi para quitar uma dívida pessoal com ela — “foi apenas uma vez”, segundo ele.

               O nome de Fernando Sampaio já aparece em centenas de ações judiciais e boletins de ocorrência por supostas fraudes.
               Segundo a Polícia Civil, o empresário pode estar usando vários CNPJs para receber pagamentos de clientes, o que dificultaria a responsabilização jurídica.
               A Outsider já enfrentou crises anteriormente: por exemplo, em 2022 prometeu fretar aviões para levar torcedores a eventos, mas, segundo denúncias, não entregou os pacotes.
               De acordo com a Receita Federal, o CNPJ da Outsider Turismo Ltda está inativo (“inapto”), de acordo com reportagens.

                        A delegacia responsável, a 16ª DP (Barra da Tijuca, RJ), registrou a ocorrência, e o caso está sob investigação.
                O delegado Neilson Nogueira afirmou que esse tipo de golpe pode usar parte do serviço (por exemplo, hospedagem ou ingressos) para tentar “descaracterizar o dolo” e evitar a tipificação criminal, respondendo apenas na esfera civil.
                Para vítimas como Garcia, o desafio agora é conseguir ressarcimento efetivo, especialmente se a empresa usar fogos societários para dificultar pagamentos.
                O caso de Márcio Garcia reacende alertas sobre golpes no turismo, especialmente envolvendo pacotes promocionais e influenciadores. Por um lado, mostra como mesmo pessoas públicas podem ser vulneráveis a fraudes sofisticadas; por outro, revela uma estrutura empresarial que, segundo denúncias, pode se utilizar de múltiplos CNPJs para operar de forma opaca.

É fundamental que os clientes façam diligência antes de fechar negócios, e que casos como esse reforcem a importância da regulação no setor turístico. Além disso, o processo de investigação poderá trazer mais transparência sobre práticas da Outsider e seus sócios, e definir se haverá responsabilização criminal e civil.




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